segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CLÓVIS

foto de Paulo Stocker.
O prefácio do livro do Clovis.

Clovis Discos

De traço em traço, um sujeito atrapalhado vem ganhando espaço. De passo em passo, não é que o cara já foi longe? O rapaz, em questão, atende pelo nome de Clovis. O mesmo que fez seu autor esconder, durante anos, o primeiro nome de batismo. Stocker, talvez por não entender naquela época que “somos aquilo que somos”, escolheu Paulo, seu segundo nome.

E de ironia em ironia, o nascimento da filha – além da própria vida – fizeram com que ele revirasse o velho baú e assumisse um lado que até ele desconhecia. Cheio de simplicidade e poesia. Assumiu de vez a sua graça e descobriu que rir de si mesmo pode ser um caminho menos penoso.

Assim, se você der um passeio ali pela região da Augusta, convido você, leitor, a olhar pelas frestas. Se der sorte, você encontrará o próprio Clovis dialogando com o colorido dos grafites, descansando nos postes, atento aos apelos de cartazes, ouvindo as conversas dos bares ou fazendo companhia ao menino engraxate. Não quer ir tão longe? Dê um pulo na rede. Talvez você se espante com a quantidade de gente que segue/ri/cometa/comemora as aventuras deste mudo viajante. Que encanta por suas tentativas desastrosas das quais, quem nunca de nós, tentou esconder?

Paulo Stocker gosta de dizer que o Clovis é o seu clown. Discordo. Para mim, ele é e sempre será o seu lado A.

Leiam no volume máximo e divirtam-se!

Gabriela Kimura

Escritora, mãe, publicitária e mulher do lado B do Clovis.
 
 
 

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